Grava, mata, edita, faz upload.Fico pensando como é que cê pôde?
Como é que isso é podre, ostenta maldade. Snuff na veia, só que hoje é verdade.
Hombridade medida na bala, obsoletos poderes da fala.
Cuidado com o cheiro que emana seus atos ou vai limpar sangue com pano de prato.
E é só parasita que existe, bala que cala consiste e mata, que triste.
Desiste da bola da vez, porrada no três. Hediondo é o dia e amanhã outro mês
E desde os portugueses a estatística cresce: Gente que morre, desaparece
Por banalidades, ou barbaridades, dos ensinamentos do Marquês de Sade.
Do que cê sabe? Uns pinos pra vibe? E os livros não tem mais lugar onde cabe.
Único índice: Mortalidade. Alguns g de droga fingindo amizade
Olho bem nos seus olhos, seu brilho me assusta
Seu sangue é produto, quanto é que ele custa?
Te dão a mão pra te jogar no chão, irmão. Te crucificam e a vida é o perdão.
Então desencana do que cê planeja, sua opacidade através de sua inveja
Não é de ninguém que você precisava, nem dessas coisas que não importavam
Mas reaprender como é que se andava e não distorcer como é que se amava
Crianças brincando, sorriso inocente, sem bala no pente, sem bater de frente
Vai consequente e resgata o respeito, mude o conceito, mas faça bem feito.
O joio e o trigo estão contaminados.
2016, de sítio é o estado, é o governo, é a igreja e o povo é deixado.
Sobrevivência, suor por mau trato e cê sua barato
Porém os horrores e as dores destroem seu legado
E fato após fato, seu nulo argumento, povo com fome, não come, é isento.
Cansados de fazer mais preces ao vento, é fácil enxergar: Vai ficar violento.
Não quero saber o valor do velório, quero viver do meu jeito simplório
Não oro e não colaboro com patifaria, curte os tempos do corre cotia
Não corre de droga, bala perdida. Uma verdade: Raça impedida.
Massa falida, taça erguida. Estamos em guerra e ela dura uma vida
Sei da sua crença, como cê pensa. Vem com respeito somando as cabeças.
Crianças adultas, os filhos das putas. Um naco da alma que o Brasil amputa.
Produzido por Mario Ribeiro e Franco Torrezan.
Gravado, mixado e masterizado entre janeiro e abril de 2016 por Franco Torrezan @ Casarão Music Studio, Piracicaba/ SP
Siloque é Mario Ribeiro, oriundo de Águas de São Pedro (SP). O rapper tem em sua discografia os álbuns Queime o Coração de
Gelo, de 2016, Nova Inquisição, de 2017, e o Guia Prático de Como Fazer Inimigos, de 2018, além do projeto Rejeitado, lançado nas plataformas digitais em 2019 e mo Youtube em 2018, sob o nome de Guia Prático de Como Fazer Remixes, um releitura de seu último trabalho....more
Prolific Mexico City rapper SPEAK ponders the self-isolated age on a booming EP, recorded live in his kitchen during quarantine. Bandcamp New & Notable Jun 24, 2020